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Lista de Filmes sobre a Ditadura Militar no Brasil
Lista de Filmes sobre a Ditadura Militar no Brasil

 O DESAFIO 
(1964)
de Paulo César Saraceni
Com Isabella, Oduvaldo Vianna Filho e Luiz Linhares
 
Melodrama da perplexidade da pequena burguesia intelectual face à ditadura militar instalada no Brasil em 1964, narra o romance entre a mulher de um rico industrial e um estudante de esquerda. Provocou algumas controvérsias, mas fracassou nas bilheterias.
 
 
 
A DERROTA 
(1966)
de Mário Fiorani
Com Luiz Linhares, Glauce Rocha e Ítalo Rossi
 
Engajado no combate ao absurdo da existência da polícia política, conta a história de um homem preso e torturado física e psicologicamente por causa de uma confissão que se nega a prestar. Ele inverte a situação de vítima e tenta desesperadamente liquidar o bando que o aprisionara. Um sólido sucesso de crítica, muito bem interpretado pelos protagonistas. Filme de estréia do diretor.



 
 JARDIM DE GUERRA 
(1968)
de Neville d’Almeida
Com Joel Barcellos,Hugo Carvana, Dina Sfat e Glauce Rocha.
 
Ensaio político sobre em jovem amargurado e sem perspectivas que se apaixona por uma cineasta e é injustamente acusado de terrorista por uma organização de direita que o prende, o interroga e o tortura.
 
 
 
A VIDA PROVISÓRIA 
(1968)
de Maurício Gomes Leite
Com Paulo José, Dina Sfat e Joana Fomm
 
Jornalista que vai à Brasília cobrir a entrevista de um ministro, entrega a um membro do governo documentos comprometedores. Seguido e ferido, agoniza, recordando as mulheres que amou. Roteiro confuso e bons atores em cena.



 
 O BOM BURGUÊS
(1979)
de Oswaldo Caldeira
Com José Wilker, Betty Faria, Christiane Torloni, Jofre Soares, Nelson Xavier e Jardel Filho
 
Policial realizado ainda durante a ditadura militar, fala sobre a luta armada no Brasil, inspirado livremente em personagem real. Na década de 1960, um bancário usando de artifícios contábeis desvia cerca de dois milhões de dólares para a guerrilha que enfrenta o ditadura militar. Esse bancário ficou conhecido na imprensa, entre os guerrilheiros e nos órgãos de repressão, como "o bom burguês".
 
 


 
 PAULA – A HISTÓRIA DE UMA SUBVERSIVA (1980)
de Francisco Ramalho Júnior
Com Armando Bogus, Marlene França e Helber Rangel
 
Um arquiteto é informado pela ex-esposa do desaparecimento da filha. O policial designado para as investigações anos antes efetuara a prisão do arquiteto e de sua amante, líder estudantil que optara pela luta armada. Banida do país, ela retornara e fora morta num confronto com a polícia. O arquiteto faz um balanço da geração que pensara um dia mudar os destinos do país.
 



 
 PRA FRENTE, BRASIL 
(1982)
de Roberto Farias
Com Reginaldo Farias, Antônio Fagundes, Natália do Valle e Elizabeth Savalla
 
Um homem pacato de classe média é confundido com um ativista político, preso e torturado. Enquanto isso, sua família procura notícias suas.  Lançado ainda com o General Figueiredo na presidência, ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Gramado, mas erra feio ao escalar atores marcados pela televisão.
 



 
 NUNCA FOMOS TÃO FELIZES 
(1984)
de Murilo Salles
Com Cláudio Marzo, Roberto Bataglin e Suzana Vieira
 
Rodado no último ano do regime militar, fala de um rapaz retirado de um colégio interno por seu pai que estava na prisão, após oito anos de estudos. Ele investiga o mistério que o cerca, em busca de sua identidade e descobre que o pai é um perseguido político. Tem boas intenções, mas não entusiasma.




 
 CORPO EM DELITO 
(1989)
de Nuno César Abreu
Com Lima Duarte, Regina Dourado e Dira Paes
 
Um médico legista frio e solitário, que presta serviços aos órgãos de repressão política, forjando laudos de morte natural para massacrados pela tortura praticada nos porões da ditadura militar, apaixona-se por garota que trabalha numa casa noturna.
 



 
 QUE BOM TE VER VIVA 
(1989)
de Lúcia Murat
Com Irene Ravache
 
Misturando os delírios e fantasias de uma personagem anônima com os depoimentos de oito ex-presas políticas que viveram situações de tortura. Mostra o preço que essas mulheres pagaram, e ainda pagam, por terem sobrevivido lúcidas à experiência de tortura. Para diferenciar a ficção do documentário, optou-se por gravar os depoimentos reais em vídeo, como o enquadramento semelhante ao de retrato 3x4.
 



 
 LAMARCA 
(1994)
de Sérgio Rezende
Com Paulo Betti, Carla Camurati e Selton Mello
 
Crônica dos últimos anos na vida do capitão do exército Carlos Lamarca. Nos anos da ditadura, ele desertou das forças armadas e passou a fazer oposição, tornando-se um dos mais destacados líderes da luta clandestina. Grande atuação de Paulo Betti.
 



 
 O QUE É ISSO, COMPANHEIRO? 
(1997)
de Bruno Barreto
Com Alan Arkin, Fernanda Torres, Pedro Cardoso, Cláudia Abreu e Selton Mello
 
O grupo terrorista MR-8 elabora um plano para seqüestrar o embaixador americano, pensado em trocá-lo por presos políticos torturados nos porões da ditadura. Concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
 



 
 AÇÃO ENTRE AMIGOS 
(1998)
de Beto Brandt
Com Leonardo Villar, Zécarlos Machado e Cacá Amaral
 
Lutando contra o regime militar brasileiro, quatro amigos são presos pelas forças de repressão da ditadura em 1971 e torturados durante meses. Vinte e cinco anos depois, eles se reúnem ao tomar conhecimento de que o torturador - ao contrário do que diz a versão oficial - está vivo. Decidem então seqüestrá-lo - e matá-lo. Todavia, ao ser capturado, o torturador faz uma revelação surpreendente que muda toda a história.
 



 
 DOIS CÓRREGOS – VERDADES SUBMERSAS NO TEMPO 
(1999)
de Carlos Reichenbach
Com Carlos Alberto Riccelli,  Beth Goulart e Ingra Liberato
 
Duas adolescentes burguesas passam uma temporada numa fazenda e acabam convivendo com o tio de uma delas, um homem misterioso, que está clandestino no país, escondido.
 



 
 CABRA-CEGA 
(2004)
de Toni Venturi
Com Leonardo Medeiros, Débora Duboc e Jonas Bloch
 
Um militante da luta armada é ferido numa emboscada da polícia e precisa se esconder na casa de um arquiteto, simpatizante da causa. Ganhou cinco Candangos no Festival de Brasília, entre eles, Melhor Diretor, Melhor Ator e Melhor Roteiro.
 



 
 BATISMO DE SANGUE 
(2006)
de Helvécio Ratton
Com Caio Blat, Daniel de Oliveira e Cássio Gabus Mendes
 
No final dos anos 1960, um convento de frades torna-se um local de resistência à ditadura. Cinco deles apóiam um grupo guerrilheiro e ficam na mira das autoridades policiais. Posteriormente são presos, passando por terríveis torturas. Melhor Diretor e Melhor Fotografia no Festival de Brasília. Grandes interpretações. 
 



 
 
  O ANO EM QUE MEUS PAIS SAIRAM DE FÉRIAS
(2006)
de Cao Hamburger
Com Michel Joelsas, Simone Spoladore, Caio Blat e Paulo Autran
 
Casal de militantes deixa o filho de 12 anos com o avô para esconder-se da repressão, prometendo voltar até o fim da Copa do Mundo de 1970. Mas o avô morre e o garoto terá de se integrar à comunidade judaica local, além de terminar por conhecer alguns militantes. Melhor Filme no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
 



 
 ZUZU ANGEL 
(2006)
de Sérgio Rezende
Com Patrícia Pillar, Daniel de Oliveira e Leandra Leal
 
Uma estilista de moda que ganhou projeção internacional trava uma batalha contra as autoridades militares em busca do corpo de seu filho. Ele participava da luta armada, foi torturado e morto. Ótimas atuações de Pillar e Daniel de Oliveira.
 



 
 SONHOS E DESEJOS 
(2006)
de Marcelo Santiago
Com Felipe Camargo, Mel Lisboa e Sérgio Morrone
 
Uma estudante, um professor de literatura e um guerrilheiro ferido - que está sempre com o rosto coberto - são militantes confinados em um apartamento em Belo Horizonte. Eles confrontam suas opções afetivas e políticas, envolvendo ideologia, lealdade, traição e desejo.
 


(Fontes: “História Ilustrada dos Filmes Brasileiros – 1029-1988”, de Salvyano Cavalcanti de Paiva; “Enciclopédia do Cinema Brasileiro”, de Fernão Ramos e Luiz Felipe Miranda; e “O Discurso Cinematográfico”, de Ismail Xavier)